| “Non, rien de rien. Non, je ne regrette rien.” Esses versos icônicos* (en)cantados por Édith Piaf deram o ritmo do desfile Dior prêt-à-porter outono-inverno 2023-2024, elaborado por Maria Grazia Chiuri, uma ode contemporânea à moda e à Paris dos anos 1950, revelada no coração da capital francesa.
Uma a uma as manequins avançavam em um novo mundo, no cenário onírico imaginado por Joana Vasconcelos. Como se fossem tentáculos, as curvas orgânicas de sua imensa instalação, intitulada Valkyrie Miss Dior, criavam um diálogo têxtil hipnotizante entre as inúmeras facetas da feminilidade. Composta principalmente de rendados e bordados, essa forma livre, que dificilmente passava despercebida, nos convidava a ampliar nossos campos de possibilidades. As técnicas tipicamente femininas exploradas pela artista portuguesa, como a costura, o tricô, o crochê, contrastavam com a monumentalidade de sua obra que foi especialmente concebida para a Dior. | * De Michel Vaucaire e Charles Dumont © S.E.M.I, Paris (France). |
|